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À parte das diversas vivências que se pode experienciar de um espaço, o conceito de imaginário registrado faz menção a todo arcabouço construído passivo de entendimento como marco de referência e atribuição de reconhecimento ao local.
De fato, se nos colocarmos o exercício de descrever o eixo da Marginal Pinheiros de memória, algumas edificações, viadutos e pontes serão mínimo múltiplo comum por representarem pontos que sublimam sua localização material e consolidam-se como símbolos que funcionam de forma autônoma à necessidade de sua total compreensão. Por permitir rápida leitura de presença marcante, o imaginário registrado forma-se dentro e a partir de um código cifrado e por isso registrado conota justamente essa camada de cidade construída, datada, identificável.
A caminhante marginal contrasta sobras e resíduos destituídos de função e em casos, irreconhecíveis, revelando a própria noção de cidade incutida nessas peças. A criação de um roteiro marginal, que expõe o lado não verificado do espaço elevando-o à condição de monumento, joga com valores preestabelecidos e questiona criticamente a ocupação desse espaço.
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